segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mas como eu ia dizendo...

Os conflitos que atingem pessoas que tem sorte são difíceis de imaginar ou calcular, por pessoas sem ou com pouca sorte.

Ao longo dos meus anos como ser participativo no mundo, quando começaram a acontecer às amizades, romances, negócios e tudo mais, fui percebendo que mesmo que eu não me empenhasse por completo em minhas missões de vida, as coisas, meus desejos, se realizavam. E a única explicação que me cabia era a de que eu era uma pessoa realmente sortuda. Afinal, qual seria a outra explicação para isso? Ter o que quer, mesmo sem fazer esforço pra isso?

Não posso, nem devo, dizer que minha vida sempre foi um mar de rosas, que as coisas aconteciam como se eu guardasse na mesa de cabeceira uma lâmpada e seu respectivo gênio, mas mesmo as contrariedades aconteceram de maneira conveniente. Posso dizer que esta conveniência dos fatos cabe-se muito ao meu otimismo, que me fez perceber que estes eventos indesejáveis seriam úteis mais tarde. Ser otimista já é uma grande sorte.

Mas, meu otimismo seria mesmo o motivo? Acho que nem sou tão otimista assim. Será benéfico ser sortuda como eu? Sou mesmo sortuda?

Com tanta facilidade, meus dotes, capacidades, talentos, foram ficando cada vez mais em desuso. E de repente comecei a pensar se eu realmente tinha sorte. Ora, afinal quem terá mais sorte? Aquele que tem talentos e facilidades, mas não os usa seriamente ou aquele que vem ao mundo desprovido de quaisquer coisas, mas busca estabelecer com o mundo uma relação de crescimento mutuo?

A minha sorte é ser satisfeita e acomodada, a de outros é frustrar-se e querer mais. O melhor eu não sei dizer. Talvez, por não ser questão de “melhor”.

6 comentários:

Junior disse...

Tudo depende do momento em que você acorda... Se você não acordou ainda é porque as coisas ainda nao aconteceram de maneira que faça vc frustra-se. Enão quando isso acontecer, você vai começar a ser como aqueles que não se contetam com o que o "destino lhe reserva" e busca o que realmente quer...


Tava falando disso hoje...

Débora Dezerto disse...

A probématica é: Quem já tem o que quer, correrá o risco de frustar-se? E se não, será esta pessoa menos feliz?

Anônimo disse...

A gente tem que ser feliz da maneira que der e puder.... tendo conquistado tudo que queria ou não.... alguns conseguem mais que os outros... talvez por terem se esforçado mais que outros.... mas independente disso, não podemos deixar de tentar ser feliz!!! Frustrar-se é natural.... é p/ aprender-mos e tentar-mos novamente e acertar......

Junior disse...

Ai está a diferença das pessoas que pensam pequeno das grandes pessoas. Temos sempre que contestar. Asscim como no Materialismo Dialético, onde o confronto de propostas (ações), geram um resultado. A tese confrontada com a antitese gera uma sintese (nova tese). Essa nova tese sera confrontada por uma antitese assim criando mais uma nova tese. Esse ciclo não tem fim... Isso é uma maneira de entender a sociedade.

Débora Dezerto disse...

Me desculpe Junior, não entendi ao que vc se referiu.

Mas de qualque maneira, eu concordo. Até por que é um raciocinio óbvio.

Anônimo disse...

caraca... júnior é anormal!!! hauhauhua viajou!!! huahuahuahua