segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mas como eu ia dizendo...

Os conflitos que atingem pessoas que tem sorte são difíceis de imaginar ou calcular, por pessoas sem ou com pouca sorte.

Ao longo dos meus anos como ser participativo no mundo, quando começaram a acontecer às amizades, romances, negócios e tudo mais, fui percebendo que mesmo que eu não me empenhasse por completo em minhas missões de vida, as coisas, meus desejos, se realizavam. E a única explicação que me cabia era a de que eu era uma pessoa realmente sortuda. Afinal, qual seria a outra explicação para isso? Ter o que quer, mesmo sem fazer esforço pra isso?

Não posso, nem devo, dizer que minha vida sempre foi um mar de rosas, que as coisas aconteciam como se eu guardasse na mesa de cabeceira uma lâmpada e seu respectivo gênio, mas mesmo as contrariedades aconteceram de maneira conveniente. Posso dizer que esta conveniência dos fatos cabe-se muito ao meu otimismo, que me fez perceber que estes eventos indesejáveis seriam úteis mais tarde. Ser otimista já é uma grande sorte.

Mas, meu otimismo seria mesmo o motivo? Acho que nem sou tão otimista assim. Será benéfico ser sortuda como eu? Sou mesmo sortuda?

Com tanta facilidade, meus dotes, capacidades, talentos, foram ficando cada vez mais em desuso. E de repente comecei a pensar se eu realmente tinha sorte. Ora, afinal quem terá mais sorte? Aquele que tem talentos e facilidades, mas não os usa seriamente ou aquele que vem ao mundo desprovido de quaisquer coisas, mas busca estabelecer com o mundo uma relação de crescimento mutuo?

A minha sorte é ser satisfeita e acomodada, a de outros é frustrar-se e querer mais. O melhor eu não sei dizer. Talvez, por não ser questão de “melhor”.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Será?!

'No mundo atual, está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e em silicone para mulheres, do que na cura do Mal de Alzheimer. Assim, daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pênis duro, mas eles não se lembrarão para que servem'

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lapa 40º


Lapa 40º

Normalmente no dia 12 de setembro comemoro meu aniversário. Mas, este ano, por causa do Sr. Sorriso Carlinhos de Jesus, bebemorei (e muito) no dia 13 de setembro, dia este que eu tinha certeza que o encontraria por lá.
Eu que amo dança de salão, não podia perder essa. Carlinhos de Jesus no meu aniversário. Bárbaro. Por mais que ele não soubesse disso.

Bem, “o Biente”.
Surpreendi-me com o lugar. Corresponde muito bem ao tour proporcionado pelo site da casa, que é ótimo para ambientar quem nunca foi e gostaria de ter uma noção antes de visitar.

Ao chegar fui muito bem recebida com uma pulseirinha VIP amarela, que me permitia ir a todos os andares sem pagar nada (aconselho aos aniversariantes). Escolhi uma mesa no mezanino, onde pude observar grande parte do primeiro piso, onde rolava música ao vivo, um pedacinho da rua e a movimentação para os pisos superiores.

Como cheguei cedo e ainda não tinha muita gente preenchendo o lugar, admirei bem a decoração. Simples, porém aconchegante e tipicamente carioca, sem ser piegas. O mais chamativo é um pedaço do chão decorado de pedras portuguesas com o desenho das ondas do calçadão de Copacabana. Fora isso muita madeira e mesas de bilhar. Muitas. Mesmo. Bem organizadas.
Não ganhei nenhuma partida. Enfim...
Depois de umasssss doses de whisky, fui até o terceiro piso onde encontra-se a pista de dança. Encontrei um “Coroa” gente fina que me convidou para dançar um soltinho, dancei três, depois de muito rodopio e o álcool quase saído da cabeça de tento que tinha subido, dei uma pausa. Então começou a tocar um samba, minha paixão, nisso o salão já estava lotado. Olhei para um lado, para o outro e vi um Black de respeito sambando na área VIP do salão, eu como estava de Vip também fui lá chamar Meu ex-prof. Chocolate para dançar. Para ele não negar disse logo que era meu aniversário e ganhei uma dança com o “Choco”. Feliz da vida desci bebi uma aguinha básica e voltei pro whisky.

Vou dar as notas. Que variam de 1 a 5.

Preço: 4,5
Petiscos: 4,0
Ambiente: 5,0
Atendimento: 4,5

Uma dose e um tiro


Cheguei toda bela e garbosa num bar da região
Na hora notei uns olhares pro meu pé no chão
Achei “que coitados” não sabiam de onde eu era
É moda sujar o pé no chão lá na minha favela

Sentei pedi uma pinga e garçom perguntou
Como eu ia pagar se era cheque dinheiro ou cartão
Eu disse me traga primeiro o que lhe pedi
Ou acha que vou lhe pagar antes de me servir

Camarada eu não vim aqui para criar conflito
Só vim aproveitar esse dia que está tão bonito
Mas como viestes dando-me logo um pito
Você e a cachaça vão ter que descer é no grito

Vê se pode trazer o gerente embaixo do braço
Dizendo que eu estava fazendo estardalhaço
Chamou-me de pobre e eu o chamei de palhaço
O gerente me serviu a dose e evitou embaraço

Não satisfeito o gravata veio cheio de argumento
Dizendo que eu não poderia fumar lá dento
Abusado, reclamou até da maneira que eu sento
Peguei a cachaça e não lhe paguei os 10%

Continua...